segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Carne Canina...

Semana passada tivemos uma notícia muito triste, foi descoberto um matadouro de cães que os recolhia das ruas, alimentavam para engordarem, abatiam e vendiam para restaurantes coreano.

Esta semana mesmo ouvi muita gente horrorizada com o acontecido, e quando se pergunta do boi e da vaca no prato eles ficam sem palavras....

Não sou puritana, e estou bem longe de ser perfeita, mas mesmo antes de deixar de comer carne ouvi muitos comentários inclusive de amigos achando um absurdo os coreanos comerem carne de gato/ cachorro, os japoneses comerem carne de baleias/ golfinhos, e isso tudo porquê? Por acaso como somos vistos pelos indianos? A gente olha a carne do animal no prato dos outros, mas do nosso prato não! Disso pelo menos sempre tive consciência, não me achava no direito de jugar outros povos se eu fazia o mesmo.... É chocante essa matéria? É mesmo, mas que isso sirva para que todos parem para observar que os animais são todos iguais e têm direito à vida, tanto no nosso "filhinho" peludo que dorme na nossa cama quanto o boi que cresce longe da mãe para saborearmos uma carne melhor...


A UIPA publicou um texto que não precisa de mais nenhum comentário:



UIPA esclarece posicionamento sobre matadouro de cães
15 de novembro de 2009


Sobre o matadouro de cães, é preciso esclarecer que a UIPA se posiciona contra o abate de qualquer espécie de animais.
Milhares de bovinos, suínos e galináceos são mortos, diariamente, sem ao menos terem tido o direito de viver segundo a sua própria natureza.Os métodos de criação intensiva impõem morte precoce depois de uma curta vida em confinamento, dentre toda sorte de condutas cruéis ( a descorna, a debicagem, a marcação a ferro, a castração e a inseminação artificial, são realizadas por leigos e sem utilização de anestésicos). E até o caminho para a morte é sofrido ( os animais permanecem em pé, durante toda a longa viagem, para economia de espaço no veículo).
Como descreve Laerte Fernando Levai, na obra Direito dos Animais (2ª ed., São Paulo: Editora Mantiqueira, 2004), “os novilhos precoces, nas fazendas de gado de corte, são afastados de suas mães logo ao nascer e, permanecendo confinados, sozinhos em baias estreitas e escuras, recebem somente alimentação líquida, de forma que não desenvolvam musculatura e se tornem anêmicos. Tal subterfúgio cruel faz com que suas carnes fiquem macias e claras, características muito apreciadas pelos gourmets. Esses pequenos animais, fracos e anêmicos, são conduzidos aos matadouros entre 2 e 6 meses de idade, sendo mortos, geralmente, sem insensibilização prévia. Longo sofrimento para tão breve vida, eles morrem sem ter dado um único passo no campo e sem nunca ter visto a luz do sol.”
Carneiros e porcos perdem suas caudas a golpes de faca. Leitoas submetidas à inseminação artificial permanecem acorrentadas, sempre na mesma posição, para garantir a amamentação contínua de filhotes, que com três semanas de vida são separados da mãe , castrados e desdentados a sangue frio, até serem mortos, a golpes de faca, com cinco meses de idade.
Galináceos, que poderiam viver até 15 anos, sobrevivem por algumas semanas e sob regime de confinamento constante, até serem mortos sem prévia insensibilização.Os pintinhos machos são triturados vivos para produção de ração. As aves selecionadas para produção de ovos vivem sob luz intensa e permanente para que se alimentem e coloquem ovos, por todo o tempo.
Por tudo isso, é de se lamentar que a sociedade erga voz apenas contra a morte de espécies de animais pelas quais nutre maior simpatia.
Indignada com a ameaça de importação do péssimo costume coreano, a UIPA ficará atenta e denunciará às autoridades competentes qualquer fato que constitua um indício da prática de abate de cães.
Convém lembrar que a UIPA foi a primeira entidade a se insurgir contra a eliminação da vida de cães e de gatos pelas municipalidades, redigindo o texto da lei estadual paulista, de autoria do Dep. Feliciano Filho, que coíbe o extermínio sistemático desses animais.


Cordialmente,
Vanice OrlandiPresidente da UIPA - União Internacional Protetora dos Animais

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